29 setembro 2006

A Olho Nu - 4ª parte

Crescemos numa fazenda de muitos cheiros. Tínhamos algumas cabeças de gado, galinhas com penas de texturas diferentes, duas ovelhas, e alguns porcos que ficavam mais distante da casa, porém me serviam de orientação quando eu andava pelo pátio.
Ah, havia ainda a Dona Francisca, que ajudava nos afazeres domésticos e me ensinou os sabores mais deliciosos que eu posso lembrar. Uma amiga de minha mãe, certa vez, comentou que a Tia Chica, como a chamávamos, era uma negra muito simpática. Mais tarde minha mãe me explicou o que era negra: era alguém que tem pele como a noite. Até hoje, ao passear pela madrugada, sinto os aromas e os gestos suaves da Tia Chica a me guiarem.

4 comentários:

+ Kazzx + disse...

Caro Silvio,

A infância é o nosso último elo com o mundo real, para preservar a sanidade precisamos de nossas lembranças...

Abçs

Moita disse...

Silvio

Confesso que pelo estado em que se encontrava minha coluna, não acompanhei "A Olho NU", mas como estou melhorando, vou ler de uma tacada só.

Abraços Fraternos.

Anônimo disse...

Mais um texto delicioso, Silvio. Obrigado pela visita e pelo comentário. Também estou te "lincando" por lá. Abração!

Eduardo Waghorn disse...

Silvio!
Mucho tiempo alejado del blog:)
Todo bien??
Un gran saludo desde Chile!
Visítame si puedes!!