05 março 2008

Comum


Como um céu que se estrela após o lamento da tarde que arde ao esconder-se da lua.

Como um par que gira de olhos cravados no brilho do olhar, sem ver o que tem ao redor.

Como um sonho que se estende pela madrugada abafada onde um cão ladra tão longe.

Como um beijo que cala a briga e instiga a lembrança de um momento bom.

Como um braço que abraça o ombro em abandono numa fria estrada de outono.

Como um sonho, tomo café, zombo de mim e tombo nas luzes que brilharam em outras manhãs.