tag:blogger.com,1999:blog-166149502024-03-07T16:59:30.005-03:00Contos & EncontrosEntre contos e crônicas sempre há encontros. Encontro de pessoas, encontro de idéias ou simplesmente a tradução de sentimentos que pairavam na mente e sendimentaram-se na forma de palavras.
São pequenas estórias, alguns enfoques e outras viagens pelo sentimento humano.SVhttp://www.blogger.com/profile/10269089944328247319noreply@blogger.comBlogger133125tag:blogger.com,1999:blog-16614950.post-47663172546118028462008-04-10T10:04:00.003-03:002008-04-10T10:31:20.297-03:00Em coma<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_aYegsQXCuXTfEqpm6uM_xEYO4jmJYNl2vra0GrWaaNTJ5_mU16_98n77yJlp6C8_UmtveiWCm1iuw7UJ5kB8BEGolHEhfD4JjCoziJh6UHzEn3R3dpFoSji1aM-xPhVdbo92/s1600-h/praia.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5187602292156626882" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_aYegsQXCuXTfEqpm6uM_xEYO4jmJYNl2vra0GrWaaNTJ5_mU16_98n77yJlp6C8_UmtveiWCm1iuw7UJ5kB8BEGolHEhfD4JjCoziJh6UHzEn3R3dpFoSji1aM-xPhVdbo92/s400/praia.JPG" border="0" /></a><br /><div></div><br /><p align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Não é que não houvesse mais nada a falar. As palavras lhe borbulhavam nas pontas dos dedos, como uma dormência, uma letargia dinâmica. Com seus olhos fechados, ouvia conversas das mais variadas: a mulher que se preocupava em ir ao supermercado depois de sair do hospital, a filha que lhe acarinhava a mão e contava coisas que nunca ousara falar antes, o pai que nem imaginava que soubesse chorar, o amigo de tantos anos que lhe segredava um amor que sempre desconfiara e preferira não reconhecer, o sócio que queria saber as senhas, a prima que sentia não ter chegado antes, alguém que não conseguia descobrir quem era, mas que falava em despesas do plano de saúde, outro amigo que comia a enfermeira no quarto durante a noite, a mãe que não dizia nada e ele entendia tudo, todos misturados em sonhos.<br />Não conseguia decifrar muito bem o que era realidade ou não. Havia nas visitas alguns blogueiros, que lhe eram referências virtuais, mas que podia reconhecer em palavras de carinho que recebera em seu blog por anos a fio. No estado em que se encontrava, já não havia diferença entre virtual e real. Ele próprio se julgava digitalizado. Era como se tivesse ficado preso durante um upload.<br />Nas suas alucinações, procurava a imagem perfeita, o verbo ideal, o título para sua vida. Em vão. Estava em fading e tudo ficaria em branco. Não tinha mais espaço para misticismos. Nascera durante uma oração de sua mãe, fora batizado, crismado e casou. Com o tempo foi se distanciando do etéreo e tornou-se mais pragmático, mas não por isso menos humano. Agora, no fim da estrada, procurava uma luz. Talvez aquela que lhe referia os ideais ancestrais de seus genes, ou algum pedacinho de fé que lhe servisse de tocha na escuridão.</span></p><p align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">_________________________________________________________________________________</span></p><p align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Amigos, o Contos & Encontros está em coma. Talvez viva, talvez não. Não quer dizer que o autor não queira continuá-lo, mas não é possível manter a freqüência de postagens atualmente.</span></p><p align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Ficam vivos seus dois irmãos: o </span><a href="http://minicontos.blogspot.com/"><span style="font-family:trebuchet ms;">Mini Contos Cotidianos</span></a><span style="font-family:trebuchet ms;"> e o irmãozinho mais novo, nascido ontem em parceria com Hemisfério Norte de Portugal, o </span><a href="http://miniminimos.blogspot.com/"><span style="font-family:trebuchet ms;">Minimínimos</span></a><span style="font-family:trebuchet ms;">.</span></p><p align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Agradeço a todos pelos incentivos, dicas, apoio ou simplemente pelos seus olhares em visitas rápidas. Terão a chance de ler textos mais curtos nos blogues que continuarão.</span></p>SVhttp://www.blogger.com/profile/10269089944328247319noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-16614950.post-88466532288338827222008-03-05T18:46:00.004-03:002008-03-05T19:00:24.022-03:00Comum<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5Pxr3P_WopWG_iY3623iEGJCiOA3yapZGFTkK5LcbtjKh9S1mZz7NZqO3eO4QNrZ2K56WvGXO0quUpZAK_raWntIvBvi75xVlZIfkQIczNwcYdZROycPbNDNNYIHPpXZpAnrT/s1600-h/alcool.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5174380314706211970" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 146px; CURSOR: hand; HEIGHT: 156px; TEXT-ALIGN: center" height="141" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5Pxr3P_WopWG_iY3623iEGJCiOA3yapZGFTkK5LcbtjKh9S1mZz7NZqO3eO4QNrZ2K56WvGXO0quUpZAK_raWntIvBvi75xVlZIfkQIczNwcYdZROycPbNDNNYIHPpXZpAnrT/s400/alcool.jpg" width="134" border="0" /></a><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;">Como um céu que se estrela após o lamento da tarde que arde ao esconder-se da lua.</span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;">Como um par que gira de olhos cravados no brilho do olhar, sem ver o que tem ao redor.</span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;">Como um sonho que se estende pela madrugada abafada onde um cão ladra tão longe.</span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;">Como um beijo que cala a briga e instiga a lembrança de um momento bom.</span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;">Como um braço que abraça o ombro em abandono numa fria estrada de outono.</span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;">Como um sonho, tomo café, zombo de mim e tombo nas luzes que brilharam em outras manhãs.</span></div><br /><div></div><br /><div></div>SVhttp://www.blogger.com/profile/10269089944328247319noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-16614950.post-85160349923128069492008-02-07T21:52:00.000-02:002008-02-07T22:00:02.547-02:00Minicontos Cotidianos na Revista Veredas<span style="color:#ffffff;"></span><a href="http://www.artistasgauchos.com.br/veredas/imagens/topo.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 471px; CURSOR: hand; HEIGHT: 100px; TEXT-ALIGN: center" height="91" alt="" src="http://www.artistasgauchos.com.br/veredas/imagens/topo.jpg" border="0" /></a><br /><div><a href="http://www.artistasgauchos.com.br/veredas/imagens/topo.jpg"></a><br /><span style="font-family:verdana;">Amigos da blogosfera!<br /><span style="color:#ffffff;">.<br /></span>Diariamente leio matérias e delas inspiro meus minicontos no blog </span><a href="http://minicontos.blogspot.com/"><span style="font-family:verdana;">MINICONTOS COTIDIANOS</span></a><span style="font-family:verdana;">. Porém hoje, será diferente.<br /><span style="color:#ffffff;">.</span><br />Este blogueiro é matéria de uma das mais destacadas revistas de literatura, especialidada em minicontos e micronarrativas.<br /><span style="color:#ffffff;">.</span><br />Com imensa satisfação, gostaria de compatilhar a homenagem recebida da revista Veredas. Na sua edição 133, esse prestiagiado veículo, que há dez anos trata a literatura com o destaque merecido, concedeu-me a honra de estampar sua capa.<br /><span style="color:#ffffff;">.</span><br />A todos, deixo o convite para uma visitá, clicando aqui: </span><a href="http://www.veredas.art.br/"><span style="font-family:verdana;">VEREDAS</span></a><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="color:#ffffff;">. </span><br />Um agradecimento especial a Ana Mello, assídua leitora do blog, uma das editoras da revista.<br /><span style="color:#ffffff;">.</span></span></div>SVhttp://www.blogger.com/profile/10269089944328247319noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-16614950.post-75975460155239336502008-02-05T16:02:00.000-02:002008-02-05T16:07:39.347-02:00Férias<a href="http://static1.bareka.com/photos/medium/609888/barco-pirata-canasvieiras.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://static1.bareka.com/photos/medium/609888/barco-pirata-canasvieiras.jpg" border="0" /></a><br /><div><div><div><div><span style="font-family:verdana;">Este blog estará de férias até o final de fevereiro!</span></div><div> </div></div></div></div>SVhttp://www.blogger.com/profile/10269089944328247319noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-16614950.post-22825130589202354002007-12-28T08:15:00.000-02:002007-12-28T09:14:58.117-02:00Outro lugar fora de mim - parte 6<a href="http://teeodoro.sites.uol.com.br/Olho_verde1.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://teeodoro.sites.uol.com.br/Olho_verde1.jpg" border="0" /></a><br /><p><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong><span style="font-size:180%;">D</span>e sua</strong> poltrona passou a vigiá-la. Cabelos negros, extremamente lisos, vistos de costas não eram capazes de ocultar o brilho verde-mar-do-caribe dos seus olhos. "Flush". Se ela não sabia o que era isso, teria sérios problemas com a língua em Nova Iorque. Será que ela ficaria na cidade ou seguiria para outro lugar? Só em pensar em habitar a mesma cidade que ela, causou-lhe um arrepio. Poderia encontrá-la em qualquer esquina perguntando o que era "flush". Imaginou dificuldades piores com o "push". </span></p><br /><p><span style="font-family:trebuchet ms;">Era alta. Sua cabeça sobressaía entre os ocupantes das poltronas que os separavam. Ficava constantemente olhando pela janela, talvez pensando que aquele mar lá embaixo tinha a cor de seus olhos. Pensou em levantar-se e ir até lá explicar-lhe os segredos do idioma de Shakespeare e dizer que poderia defendê-la dos infortúnios que a esperavam entre o East e o Hudson River, mas não. Permaneceu ali hipnotizado pelo novo objetivo de deste lado de sua vida: reencontrá-la.</span></p><br /><p><span style="font-family:trebuchet ms;">Estava numa outra dimensão. Nem escutou os sinais para colocar o cinto. Precisou que a comissária viesse até ele para alertá-lo. Será que ela havia entendido? Pensou alto ao que o senhor ao seu lado resmungou: "Pardon?". </span></p><br /><p><span style="font-family:trebuchet ms;">A aterrizagem foi suave e em pouco tempo todos já se erguiam de seus lugares. Não houve tempo hábil para aproximar-se e descer do avião junto dela. Uma horda de pessoas idosas - seria uma convenção da terceira idade? - enfilerou-se no corredor que, se corresse, levaria até ela. Viu-a erguendo-se - como era alta! - sorrir para as duas pessoas que compartilhavam a fileira - como era lindo aquele sorriso! - e feito princesa ter o caminho desobstruído para sua passagem. Eduardo sentou-se e aceitou seu destino. </span></p><br /><p><span style="font-family:trebuchet ms;">Cinqüenta e oito velhinhos depois, pode levantar-se e deixar o avião. Na chegada à imigração percebeu que ela passou sem esforço e sem inglês. Não havia muitas perguntas que fizessem a mulheres lindas. Por sua vez, depois de quase vinte minutos de espera, teve que dar uma entrevista a uma senhora negra de meia idade, extremamente distante nas palavras e próxima num hálito de Mac Donalds recém admitido entre seus excessos volumosos do quadril. </span></p><br /><p><span style="font-family:trebuchet ms;">Já havia perdido a esperança de revê-la - que idade teria, o que faria na cidade? - quando chegou ao ponto de táxi e a encontrou novamente. </span></p><br /><p><span style="font-family:trebuchet ms;">- Que bom que tu chegaste! Estava te esperando! - disse ela num gauchês perfeito - Como faço para chegar à Quinta Avenida?</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;"><strong>-continua-</strong></span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;"><strong><a href="http://contoseencontros.blogspot.com/2007/10/outro-lugar-fora-de-mim-parte-1.html">parte 1</a></strong></span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;"><strong><a href="http://contoseencontros.blogspot.com/2007/11/outro-lugar-fora-de-mim-parte-2.html">parte 2</a></strong></span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;"><strong><a href="http://contoseencontros.blogspot.com/2007/11/outro-lugar-fora-de-mim-parte-3.html">parte 3</a></strong></span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;"><strong><a href="http://contoseencontros.blogspot.com/2007/11/outro-lugar-fora-de-mim-parte-4.html">parte 4</a></strong></span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;"><strong><a href="http://contoseencontros.blogspot.com/2007/12/outro-lugar-fora-de-mim-parte-5.html">parte 5</a></strong></span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;"><a href="http://teeodoro.sites.uol.com.br/">imagem daqui</a></span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></p>SVhttp://www.blogger.com/profile/10269089944328247319noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-16614950.post-14193095645034554862007-12-18T18:30:00.000-02:002007-12-28T09:14:32.402-02:00Outro lugar fora de mim - parte 5<a href="http://www.ceaero.com.br/img/vv_asa.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://www.ceaero.com.br/img/vv_asa.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong><span style="font-size:180%;">A</span>o contrário</strong> do que imaginava, a semana passou rapidamente. Conseguiu cancelar o contrato de aluguel, ligou para alguns conhecidos e enviou alguns pertences para a família, no Paraná. Seu vôo estava confirmado para aquela noite, sexta-feira. Chegaria no sábado em Nova Iorque, iria até o apartamento que a empresa reservava para novos contratados de outros países e na segunda-feira se apresentaria no escritório. Aproveitou as poucas horas que sobraram durante a semana para conhecer a cidade virtualmente, assim como a empresa. Pelo site que visitara seria o melhor lugar do mundo, com todos os benefícios e planos de ascensão profissional. Imagens de um escritório amplo, com vista para o Empire States. Depois de tantos anos, finalmente Eduardo estava com alguma perspectiva à frente. Lenice ia se apagando de sua memória à medida que ele se interessava mais pela aventura que decidiu embarcar.</span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Sua poltrona era a 38F. No meio do avião, poltrona central na fileira que ficava no meio da aeronave. Era realmente muito estreita e em ambos os lados duas pessoas acima do peso lhe deixavam mais prensado ainda. De um lado uma simpática velhinha que contou a vida de todos os filhos e netos durante boa parte da madrugada, até tornar-se antipática. Do outro um rapaz muito alto, de pernas compridas, que obrigatoriamente ficavam abertas e, por conseqüência com o pé para o seu lado. Não falou nada durante a viagem, mas pode ver uma enorte tatuagem no braço peludo, que dedilhava no suporte da poltrona alguma música que escutava no fone de ouvido.</span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Quando já era quase de manhã, levantou-se de seu lugar e foi até o banheiro. Estava ocupado. Esperou um pouco até que a porta se abriu e teve uma visão que deixou-lhe atordoado. Uma linda e loira mulher, quase tão alta como ele, talvez 1,80 m, no máximo dezoito anos, que lhe sorriu e confessou:</span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">- Desculpe, moço. O que é "flush"?. É a primeira vez que viajo de avião...</span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Eduardo emudeceu por alguns instantes e, ao vê-la cerrar seu sorriso, abriu o seu.</span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">- Não se preocupe... - Não conseguiu dizer mais nada.</span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Ela andou até sua poltrona que ficava na primeira fileira, de frente a parede, onde acomodou-se junto à janela e ficou admirando o sol nascer como uma menina no primeiro dia de férias.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;"><strong>-continua-</strong></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;"><a href="http://contoseencontros.blogspot.com/2007/10/outro-lugar-fora-de-mim-parte-1.html"><strong>parte 1</strong></a></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;"><a href="http://contoseencontros.blogspot.com/2007/11/outro-lugar-fora-de-mim-parte-2.html"><strong>parte 2</strong></a></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;"><a href="http://contoseencontros.blogspot.com/2007/11/outro-lugar-fora-de-mim-parte-3.html"><strong>parte 3</strong></a></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;"><a href="http://contoseencontros.blogspot.com/2007/11/outro-lugar-fora-de-mim-parte-4.html"><strong>parte 4</strong></a></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;"><strong><a href="http://contoseencontros.blogspot.com/2007/12/outro-lugar-fora-de-mim-parte-6.html">parte 5</a></strong></span></div><br /><p></p><p><a href="http://www.ceaero.com.br/inf_vfli.shtml"><span style="font-family:trebuchet ms;">imagem daqui</span></a></p>SVhttp://www.blogger.com/profile/10269089944328247319noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-16614950.post-18174956474781512622007-11-19T17:48:00.000-02:002007-12-28T09:13:45.397-02:00Outro lugar fora de mim - parte 4<a href="http://bananaetc.blogbrasil.com/Rio.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bananaetc.blogbrasil.com/Rio.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong><span style="font-size:180%;">D</span>e certa</strong> forma a saída da empresa foi frustrante. Imaginou que tentariam lhe fazer alguma proposta que mudasse seus planos, ou que perguntariam sobre seu futuro. O que ouviu de seu chefe é que ele já havia notado um certo desinteresse de sua parte pelo trabalho. Liberou-lhe na mesma hora, sem nem mesmo passar as tarefas para algum colega. Voltou a sua mesa, recolheu alguns pertences, transferiu alguns arquivos para o provedor particular, deletou algumas informações do PC e, antes mesmo de despedir-se dos colegas, seu chefe voltou à mesa num sorriso e pediu-lhe a carteira do convênio médico com um sorriso tão frio como o que dá a faxineira quando ela pede para limpar o seu lixo.</span></div><div align="justify"><span style="color:#ffffff;">.</span></div><p align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Quis ligar para sua família para comunicar sua decisão e que não deveriam mais ligar para a empresa, porém a senha do telefone de sua mesa acabara de ser bloqueada. Despediu-se um a um e, na porta do grande salão onde as mesas alinhadas como um engradado estavam espalhadas, quis acenar para todos numa despedida. Em vão. Todos já estavam novamente envolvidos em emails, telefonemas, cafezinho ou, alguns, em conversas reservadas sabe-se lá sobre o quê.</span></p><p align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Saiu do prédio, disse adeus ao porteiro, que ficou desconfiado da simpatia explícita, tão incomum nas grandes cidades.</span></p><p align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Quando estava na rua, a uma quadra do mar, não resistiu e foi até lá. O tempo estava nublado e uma garoa disfarçava o Rio de São Paulo. </span><span style="font-family:trebuchet ms;">Não. Hoje não era dia de nostalgias ou depressão. Tinha muito a fazer. Passou numa loja ali perto, comprou mais uma mala para juntar as que já tinha em casa, fechadas. Com a mala vazia, tomou um táxi e foi para seu apartamento. Talvez ainda conseguisse cancelar o contrato de aluguel, haja visto que recém o alugara desde que Lenice lhe deu um ponta-pé na bunda.</span></p><p align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Sexta-feira era o vôo. Se fosse antes, melhor. Não tinha mais o que fazer por ali.</span></p><p align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;"><strong></strong></span></p><p align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;"><strong>-continua-</strong></span></p><p align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;"><strong><a href="http://contoseencontros.blogspot.com/2007/10/outro-lugar-fora-de-mim-parte-1.html">parte 1</a></strong></span></p><p align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;"><strong><a href="http://contoseencontros.blogspot.com/2007/11/outro-lugar-fora-de-mim-parte-2.html">parte 2</a></strong></span></p><p align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;"><strong><a href="http://contoseencontros.blogspot.com/2007/11/outro-lugar-fora-de-mim-parte-3.html">parte 3</a></strong></span></p><p align="justify"><strong><span style="font-family:Trebuchet MS;"><a href="http://contoseencontros.blogspot.com/2007/12/outro-lugar-fora-de-mim-parte-5.html">parte 5</a></span></strong></p><p align="justify"><strong><span style="font-family:Trebuchet MS;"><a href="http://contoseencontros.blogspot.com/2007/12/outro-lugar-fora-de-mim-parte-6.html">parte 6</a></span></strong></p><p align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;"><a href="http://bananaetc.blogbrasil.com/archives/2007_03.html">imagem daqui</a></span></p><br /><p align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></p><br /><p align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></p>SVhttp://www.blogger.com/profile/10269089944328247319noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-16614950.post-24547060860156799772007-11-14T23:23:00.000-02:002007-12-28T09:12:58.875-02:00Outro lugar fora de mim - parte 3<a href="http://fotos.sapo.pt/joaopalmela/pic/00ddtq86"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://fotos.sapo.pt/joaopalmela/pic/00ddtq86" border="0" /></a><br /><div><span style="color:#ffffff;">.</span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-size:130%;">- <span style="font-size:180%;"><strong>A</strong></span>lô?</span> Boa noite, Dona Ester... Sim, sou eu, Eduardo... Tarde? Nem reparei... Desculpe. Lenice está? Não?... Que pena, precisava falar com ela... Ela volta que horas?... Viajando?... Paris? como Paris, ela morria de medo de de avião... Nem a Porto Seguro quis ir comigo!... Navio? Como, navio?... Transatlântico? Existe ainda?... Lua-de-mel?... Não, Dona Ester, nada importante. Desculpe acordar-lhe a essa hora.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;color:#ffffff;">.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;">A noite foi longa. Não era um sentimento de perda que lhe abalava. Era mais, era misericórdia de si próprio. Não a amava ao ponto de chorar uma paixão perdida. Seu sentimento era de traição. Não no sentido de amor traído: era de não conhecer a pessoa com quem convivera por três anos. Nunca falaram em casar, embora já morassem praticamente juntos desde fevereiro retrasado. No carnaval, ela veio passar a noite no seu antigo apartamento em Ipanema e foi ficando. Quando viu, passou o tempo, já haviam se mudado para outro maior "onde ela pudesse ter seu estúdio". E, há duas semanas, ela o jogou porta a fora. Até sentiu-se aliviado, ele nunca faria isso e acabaria passando anos com ela sem dar-se conta. E ela, que nem de avião andava, estava agora trepando com outro em alto mar, rumo à Paris.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;color:#ffffff;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;">A manhã já se aproximava, e entre as caixas que nem havia aberto ainda, encontrou a sua carteira profissional. A mala de roupas de inverno nem seria aberta. Naquela manhã ainda, pediria demissão em caráter irrevogável. Na semana seguinte embarcaria para Nova Iorque. E se visse algum grande navio lá do alto, gritaria a todo pulmão que Lenice roncava, que seus quadros eram medíocres e que... e que... Poxa, Lenice, há quanto tempo você já dormia com esse cara?</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;color:#ffffff;">.</span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;color:#000000;"><strong>-continua-</strong></span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;"><a href="http://contoseencontros.blogspot.com/2007/11/outro-lugar-fora-de-mim-parte-2.html"><strong>parte 1</strong></a></span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;"><a href="http://contoseencontros.blogspot.com/2007/10/outro-lugar-fora-de-mim-parte-1.html"><strong>parte 2</strong></a></span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;"><strong><a href="http://contoseencontros.blogspot.com/2007/11/outro-lugar-fora-de-mim-parte-4.html">parte 4</a></strong></span></div><div><strong><span style="font-family:Trebuchet MS;"><a href="http://contoseencontros.blogspot.com/2007/12/outro-lugar-fora-de-mim-parte-5.html">parte 5</a></span></strong></div><div><a href="http://contoseencontros.blogspot.com/2007/12/outro-lugar-fora-de-mim-parte-6.html"><strong><span style="font-family:Trebuchet MS;">parte 6</span></strong> </a><br /></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;color:#ffffff;">.</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;"><a href="http://fotografiadejoaopalmela.blogs.sapo.pt/">imagem de João Palmela, Portugal</a></span></div>SVhttp://www.blogger.com/profile/10269089944328247319noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-16614950.post-26061553694010203802007-11-06T17:47:00.000-02:002007-12-28T09:12:29.031-02:00Outro lugar fora de mim - parte 2<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbtN1uXR5SSBs9f4amutzU11lpgHVBSWl_ErUEsqNX0mId-8ZruvMFE9Me-Z139-Ny84OQ3683VXqjo3nPqhHb5uVSc4uEP3ZUxBUDhZWpWyeh3ZIVQ3PRC4hUR_4B6wYE0Ngh/s1600-h/praia.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5130031888600914642" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbtN1uXR5SSBs9f4amutzU11lpgHVBSWl_ErUEsqNX0mId-8ZruvMFE9Me-Z139-Ny84OQ3683VXqjo3nPqhHb5uVSc4uEP3ZUxBUDhZWpWyeh3ZIVQ3PRC4hUR_4B6wYE0Ngh/s400/praia.JPG" border="0" /></a><br /><a href="http://tbn0.google.com/images?q=tbn:NSVEEDK0k_fRdM:http://fotos.sapo.pt/joaopalmela/pic/007xhwh6"></a><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong><span style="font-size:180%;">A</span> semana</strong> passou correndo. Ultimamente, os fins de semana lhe pareciam longos e os dias de trabalho eram curtos demais. Logo estaria novamente sozinho em casa com saudades não sabia nem de quê.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;color:#ffffff;">.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Na sexta-feira, antes de sair do trabalho, entrou a mensagem. Sim, seu currículum fora aprovado: "There is a job available matching to your skills", dizia em negrito.</span></div><div><span style="color:#ffffff;">.<br /></div></span><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Nova Iorque. Preferia o Vale do Silício, Vancouver, Salt Lake City... Nova Iorque... Por quê não?</span></div><div><span style="color:#ffffff;">.</span><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Olhou no fundo da gaveta e lá estava seu passaporte. A viagem de trabalho de dois anos atrás a Miami para trazer aqueles chips indianos tinha servido para alguma coisa.</span></div><div><span style="color:#ffffff;">.<br /></div></span><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Pensou em ligar para a ex-namorada. Talvez parecesse um ultimato. Diria que se ela não voltasse para ele, iria embora, que estava tudo arranjado... De quê adiantaria, pensou, ela tinha outro... mesmo assim ligaria à noite. Não que morresse de amor por ela, não por ela ter jogado seus planos escada abaixo, com sua escova de dentes, CD's, livros e até o anel de família que sua mãe tivera a audácia de dar-lhe quando esteve no Rio.</span></div><div><span style="color:#ffffff;">.</span><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">There is a job available, leu de novo...</span></div><div><span style="color:#ffffff;">.</span><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Lenice, vou embora do Brasil... não adianta pedir... não, Lenice, agora é tarde... como Lenice? Quer voltar? Mas, agora... Como ir junto? Ah, Lenice... Tinha tudo planejado. Ligaria às dez. Assim ela não dormiria e passaria a noite pensando nele. Perfeito! Maquiavel reviraria no túmulo.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;color:#ffffff;"></span></div><div><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;"><strong><a href="http://contoseencontros.blogspot.com/2007/10/outro-lugar-fora-de-mim-parte-1.html"></a></strong></span></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></strong></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;"><strong>- continua -</strong></span></div><div><span style="color:#ffffff;"><a href="http://contoseencontros.blogspot.com/2007/10/outro-lugar-fora-de-mim-parte-1.html"><strong><span style="font-family:Trebuchet MS;">parte 1</span></strong></a>.</span> </div><div><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong><a href="http://contoseencontros.blogspot.com/2007/11/outro-lugar-fora-de-mim-parte-3.html">parte 3</a></strong></span></div><div><strong><span style="font-family:Trebuchet MS;"><a href="http://contoseencontros.blogspot.com/2007/11/outro-lugar-fora-de-mim-parte-4.html">parte 4</a></span></strong></div><div><strong><span style="font-family:Trebuchet MS;"><a href="http://contoseencontros.blogspot.com/2007/12/outro-lugar-fora-de-mim-parte-5.html">parte 5</a></span></strong></div><div><strong><span style="font-family:Trebuchet MS;"><a href="http://contoseencontros.blogspot.com/2007/12/outro-lugar-fora-de-mim-parte-6.html">parte 6</a></span></strong></div><div><br /><span style="font-family:trebuchet ms;"><a href="http://fotografiadejoaopalmela.blogs.sapo.pt/2007/05/">imagem de João Palmela, Portugal</a></span><br /><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;color:#ffffff;">.</span></div><div><br /><br /></div><div></div>SVhttp://www.blogger.com/profile/10269089944328247319noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-16614950.post-69278768420158565882007-10-29T18:25:00.001-02:002007-12-28T09:11:59.507-02:00Outro lugar fora de mim - parte 1<a href="http://www.espacioblog.com/myfiles/delavidaysuscosas/aridez.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://www.espacioblog.com/myfiles/delavidaysuscosas/aridez.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#ffffff;">.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong><span style="font-size:180%;">F</span>oi</strong> num fim de tarde, no trabalho, que recebeu aquele email promocional. Estavam selecionando profissionais com curso superior para trabalhar no exterior. Esteve por deletar mais um spam, porém seu dedo travou-se e não permitiu o descarte. Resolveu clicar no link e conhecer mais detalhes.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">A proposta lhe pareceu interessante: salário, experiência, aventura. Lembrou-se da ex-namorada, que há duas semanas o trocara por outro; abriu a gaveta e olhou seu envelope de pagamento que, convertido em dólares, daria um terço do que estavam pagando; pensou nos seus pais que viviam noutra capital e, portanto, via pouco; amargou a memória com a constante aridez que eram suas datas festivas; tentou não pensar na depressão que volta e meia lhe roubava o sono.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Enviou seu curriculum na mesma tarde.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong>-continua-</strong></span></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:Trebuchet MS;"><a href="http://contoseencontros.blogspot.com/2007/11/outro-lugar-fora-de-mim-parte-2.html">parte 2</a></span></strong><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;color:#000000;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#000000;"><a href="http://contoseencontros.blogspot.com/2007/11/outro-lugar-fora-de-mim-parte-3.html"><strong>parte 3</strong></a></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;"><strong><a href="http://contoseencontros.blogspot.com/2007/11/outro-lugar-fora-de-mim-parte-4.html">parte 4</a></strong></span></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:Trebuchet MS;"><a href="http://contoseencontros.blogspot.com/2007/12/outro-lugar-fora-de-mim-parte-5.html">parte 5</a></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:Trebuchet MS;"><a href="http://contoseencontros.blogspot.com/2007/12/outro-lugar-fora-de-mim-parte-6.html">parte 6</a></span></strong></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;color:#ffffff;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;color:#ffffff;">.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;color:#000000;"><a href="http://www.espacioblog.com/delavidaysuscosas/categoria/relatos">imagem daqui</a></span></div><p></p><p></p><p></p>SVhttp://www.blogger.com/profile/10269089944328247319noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-16614950.post-15531716289313422022007-10-22T18:10:00.000-02:002007-10-22T19:01:25.136-02:00No ar: bola de fogo - Capítulo 7<a href="http://missdevil.blogs.sapo.pt/arquivo/Rosa_da_Noite!2.JPG"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://missdevil.blogs.sapo.pt/arquivo/Rosa_da_Noite!2.JPG" border="0" /></a><br /><div align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><a href="http://missdevil.blogs.sapo.pt/arquivo/2005_03.html">imagem daqui em homenagem aos mortos do acidente da TAM em São Paulo, no dia 17/07/2007</a></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">O beijo arrebatou o instante. O ruído da aeronave descendo tornou-se um zumbido distante. A boca quente e macia moldou-se à sua e seus olhos cerrados abriram-se para imagens coloridas: tinha os olhos na boca. Suas mãos abrigadas em Itamar deixaram-se envolver pelo carinho para depois, suavemente, subirem pelo braço até alcançarem a face que imediatamente tornara-se tão familiar. Sentiu que o avião tocava o solo, seu corpo balançava, mas permanecia presa naquele momento como se fosse eterno. Prolongaram-se os segundos até que uma curva repentina a fez abrir os olhos, pensar na filha em Porto Alegre dizendo"te amo", lembrar-se de sua mãe com seu olhar de zelo, e sentir que não haveria mais tempo para amar antes que tudo acabasse numa bola de fogo.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#ffffff;">.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Itamar sentiu que nunca havia sido feliz: felicidade era aquela boca na sua, aqueles olhos fechados que via junto aos seus, abertos e curiosos para não perder nada da cena que lembraria para o resto de seus dias. Sentia os lábios macios e envolventes que queria ter sempre junto de si. Arrepiou-se com a mão carinhosa que subia pelo seu braço até brindar-lhe com um toque suave em seu rosto. Teria sorrido se não estivesse ocupado com o primeiro beijo do resto de sua vida. Quando aeronave tocou em São Paulo, numa fração de segundos viu-se com ela entra os braços, saindo dali, tomando um táxi para começar a viver. Porém o avião não parou, continuou a invadir a chuva, a correr como se fosse um coração em disparada, e isso ele sabia o que era. Quando a curva jogou Joelma definitivamente sobre ele, não houve tempo de dizer que a amava. Viu-lhe aflita e entendeu o amor. Por trás de Joelma, via tudo correndo pela janela: faíscas, carros, o tempo. Lastimou todas as vidas que, como a sua, poderiam ainda ter vivido uma linda história de amor.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;color:#ffffff;">.</span></div>SVhttp://www.blogger.com/profile/10269089944328247319noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-16614950.post-1299179211168685092007-10-06T10:22:00.000-03:002007-10-22T18:10:20.270-02:00No ar: verdade - Capítulo 6<a href="http://ctho.ath.cx/tmp/rain-night0.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://ctho.ath.cx/tmp/rain-night0.jpg" border="0" /></a><span style="color:#ffffff;"> .</span><br /><div align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><a href="http://microvision.blogspot.com/">imagem daqui - o vôo 3054 da TAM se aproxima de São Paulo</a></span></div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;color:#ffffff;">.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">O sol já se fora e o último clarão no horizonte iluminou a massa cinzenta que cobria a paisagem, antes que os pingos de chuva começassem a esconder a visão. Joelma teve um arrepio e seu corpo todo vibrou. Estavam se aproximando de São Paulo e chovia na Terra da Garoa. Itamar lhe segurou a mão e ela se sentiu abrigada em sua ternura. Uma onda de calor se espalhou pelo corpo e se acomodou no coração. Ela olhou ternamente para ele e falou o que sentia, sem importar-se em conter palavras. Nunca tivera relações relâmpago com alguém, mas logo que o viu sentiu como se sempre o conhecera e tinha urgência de amá-lo.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#ffffff;">.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Itamar a viu olhando à janela do avião e observou que seus cabelos lhe encantavam e quase os tocou. Sentiu um suspiro que combinava com a paisagem de fim do dia e reparou na grande formação de nuvens que encobria São Paulo na chegada e que em seguida pontilhou o vidro como se fossem lágrimas. Viu que ela estremeceu levemente e num impulso, sem sobre-aviso lhe segurou a mão. Ela se deixou acarinhar, virou o rosto para ele e sob os olhos mais sinceros que já viu em todo mundo e em todas as mulheres, recebeu as palavras sempre desejadas, muitas vezes repetidas sem emoção, ou que nunca são ditas. Ela abriu mais os olhos verdes inundados de mar, mordeu levemente o lábio inferior e libertou seu coração. Seria capaz de amá-lo como se estivesse à espera dele por toda sua vida.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;color:#ffffff;">.</span></div>SVhttp://www.blogger.com/profile/10269089944328247319noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-16614950.post-10766651618865624772007-09-26T18:10:00.000-03:002007-10-02T14:29:17.588-03:00No ar: planos - Capítulo 5<a href="http://farm2.static.flickr.com/1153/566553995_d89715abcf_m.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://farm2.static.flickr.com/1153/566553995_d89715abcf_m.jpg" border="0" /></a><br /><div align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;"><a href="http://www.flickr.com/photos/jeremic/"><span style="font-size:85%;">imagem daqui</span></a><span style="font-size:85%;"> - O mesmo sol que iluminou o vôo 3054 da TAM antes de espatifar-se em São Paulo</span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#ffffff;">.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">O sol que se punha era uma chama que inflamava o céu e atravessava a nave onipotente. Ficava por trás de Itamar e Joelma abrigou-se em sua sombra para ouvi-lo falar. Ele falava de planos que tinha para o futuro, mas ela só queria saber que planos ele teria para essa noite. O sol teimava em fugir de trás de seu rosto e inundava seus olhos atentos. Ela não ousava interromper sua voz e flanava seus pensamentos junto aos dele num delírio que ainda não conhecera.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;color:#ffffff;">.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Itamar sentiu a presença imponente do sol que se escondia no horizonte e entrepôs-se entre ela e o astro, sem deixar de vez por outra deixá-lo inundar os olhos dela para vê-los brilhar em seu verde esmeralda, feito o mar nos trópicos. Falava das férias que gostaria de passar no Nordeste do país e preferiu não confessar que já os imaginava juntos andando na areia branca e comparando a cor do mar com seu olhar. Então diria que planejara o passeio naquele entardecer entre Porto Alegre e São Paulo quando se conheceram. Conteve-se para não beijá-la de surpresa; esperava mais que um instante. Dela queria todos, até o último minuto de sua vida.</span></div>SVhttp://www.blogger.com/profile/10269089944328247319noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-16614950.post-7719793457612909952007-09-17T18:04:00.000-03:002007-09-24T16:07:14.959-03:00No ar: crepúsculo - Capítulo 4<a href="http://p.vtourist.com/1479689-Travel_Picture-Porto_Alegre.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://p.vtourist.com/1479689-Travel_Picture-Porto_Alegre.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify"><div align="center"><a href="http://www.brazildirect.co.za/Destination/Porto-Alegre/Package/City-Pkg-POA-Deluxe.aspx"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">imagem daqui</span></a> - <span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Porto Alegre, de onde partiu o vôo 3054, da TAM.</span> </div><br /><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Sentada na poltrona rente à janela, pela primeira vez ela não temeu a decolagem. Seus olhos estavam hipnotizados nos dele. Via tudo: o faiscar em sua direção, o dilatar das pupilas quando ele sorria, a barba cerrada que delatava uma manhã apressada, a forma como gesticulava tornando mais encantadora cada passagem que lhe contava. Do alto de Porto Alegre, ainda deu uma última olhada para o chão onde com certeza, neste instante, sua pequena menina olhava para céu e apontava: "dorme com Deus, mamãe!".</span></div><br /><span style="font-family:trebuchet ms;"></span><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Estava ao lado dela já se passavam trinta minutos. Na pequena escotilha o céu sumia e dava lugar a um horizonte em pôr de sol. Falou-lhe que fora a primeira coisa que lhe contaram sobre Porto Alegre quando veio parar ali. O rio derretendo o sol, queimando o céu em tonalidades rosadas, vermelhas, nas mais lindas que é possível anoitecer. Os olhos dela guardavam lágrimas que não eram tristes: era o brilho líquido de quem presta atenção e devolve em sorrisos e comentários inteligentes. Chegou a querer segurar sua mão, para sentir se a textura era exatamente como parecia que pudesse ser. Enquanto ela virou para espiar a cidade e falou-lhe da filha, quis tê-la para sempre perto dele ao adormecer.</span> </div>SVhttp://www.blogger.com/profile/10269089944328247319noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-16614950.post-7387652294934846032007-08-20T18:36:00.000-03:002007-09-24T16:06:33.222-03:00No ar: palavras - Capítulo 3<div align="center"><a href="http://www.alobbs.com/album/albun26/p1080778/2007_04_16_Leaving_Porto_Alegre_Waiting_at_the_airport"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 468px; CURSOR: hand; HEIGHT: 348px; TEXT-ALIGN: center" height="330" alt="" src="http://www.alobbs.com/albums/albun26/p1080778.sized.jpg" border="0" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:78%;"><a href="http://www.alobbs.com/album/albun26/p1080778/2007_04_16_Leaving_Porto_Alegre_Waiting_at_the_airport">imagem daqui Aeroporto Internacional Salgado Filho, Porto Alegre, de onde partiu o vôo 3054, da TAM. </a><br /></span><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">A caminho da aeronave estavam lado a lado. Joelma já falara da ida repentina, da filha com a avó, do trabalho de arquiteta para uma grande empresa. Falara também de sonhos, de projetos de vida, de lugares que costuma ir, de livros e de cidades. Em menos de vinte minutos falara mais que costuma falar num dia. Era como se ele fosse alguém que não havia visto há muito tempo, ou que esperara encontrar um dia para poder contar.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;color:#ffffff;">.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Itamar estava extasiado. Poderia ser o perfume, o cabelo, os olhos, os movimentos suaves, o sorriso, a voz que lhe era como música. Contara-lhe das vezes que perdeu o avião, inclusive hoje, pois deveria ter ido num vôo antes, contara-lhe do trabalho que o fazia ir semanalmente a São Paulo por conta da agência de publicidade, contara-lhe do que gostava, do que queria, do que sentia e estava para falar do que já amara quando olhou bem nos olhos dela e descobrira que nunca havia amado antes.</span></div><br /></div>SVhttp://www.blogger.com/profile/10269089944328247319noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-16614950.post-22021894030250545952007-07-25T14:01:00.000-03:002007-07-25T17:42:43.481-03:00No ar: sorrisos - Capítulo 2<div align="center"><a href="http://reginasilveira.uol.com.br/insitu2/01.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://reginasilveira.uol.com.br/insitu2/01.jpg" border="0" /></a><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">imagem: Aeroporto Internacional Salgado Filho, Porto Alegre, </span><span style="font-family:verdana;">de onde partiu o vôo 3054, da TAM.</span></span> <div align="justify"> </div><div align="justify"><span style="color:#336666;">.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">A sala de embarque estava cheia. Passageiros de vários vôos duelavam por poltronas, sem saber por quanto tempo esperariam. Nada adiantara chegar cedo: Joelma apoiou-se na coluna, próximo a um enorme vaso onde uma planta raquítica sobrevivia. Abriu seu livro, pensou na filha e passou-lhe pela memória a imagem de Bruno, seu ex-marido que agora estava na China. Bruninha com seu pai distante... Sentiu-se culpada, fechou o livro que nem lera a primeira palavra e rodou seus olhos pelo ambiente. Com freqüência via em outros homens o rosto de Bruno, como se fosse uma imagem que vagava permanentemente em sua memória. Porém, quando Itamar se aproximou com um sorriso e um bombom na mão, a figura desfez-se de imediato e, como se sempre o tivesse conhecido sem nunca tê-lo encontrado, entregou seu sorriso.<br /><br /><br />Itamar havia perdido o seu vôo, mas como isso era tão normal para ele, nem se incomodava. Sabia que a funcionária da companhia já asseguraria sua poltrona, conforme havia combinado há quase dois anos de vôos semanais a São Paulo. O lugar ao lado de Joelma não foi por sua interferência e pedido. Quis o destino acomodá-los juntos. Não foi difícil percebê-la em pé na lateral da sala. Com um livro na mão, o cabelo liso e longo que emoldurava um rosto alvo e de traços delicados, lá estava ela. Aproximou-se, sorriu. Ainda sobrara um bombom que tinha guardado para o vôo, mas achou melhor investi-lo numa apresentação diferente. Quando ela lhe retribuiu o sorriso pode perceber os olhos verdes e brilhantes flanando sobre a voz delicada, que num sotaque porto-alegrense, disse:<br />- Obrigada, estranho!</span></div></div>SVhttp://www.blogger.com/profile/10269089944328247319noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-16614950.post-31673870468608397552007-07-19T09:08:00.000-03:002007-08-03T23:15:07.118-03:00No ar: perfume - Capítulo 1<div align="center"><a href="http://evilvince.com/wp-images/Salgado_Filho_(POA).jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 351px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" height="524" alt="" src="http://evilvince.com/wp-images/Salgado_Filho_(POA).jpg" border="0" /></a><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"> imagem: Aeroporto Internacional Salgado Filho, Porto Alegre, de onde partiu o vôo 3054, da TAM.<br /><span style="color:#336666;">.</span><br /></span><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Joelma lia seu livro na fila do check in do aeroporto. Chegara com antecedência, mas enfrentava a fila com naturalidade. Passava seus olhos pelas páginas, mas volta e meia seus olhos se perdiam nas linhas e seu pensamento fugia para Amanda, sua pequena filha que ficara na casa da avó. “Mulheres separadas se adaptam”, havia dito à chefe antes da viagem inesperada à São Paulo. </span></div><div align="justify"><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Itamar veio correndo e já estavam chamando seu vôo quando chegou ao balcão da companhia aérea. Viu Joelma na fila e se encantou. Sentiu o perfume e esqueceu-se da correria que fizera para chegar ali. Ao ser atendido, a funcionária lhe sorriu como de costume, afinal estava acostumada a vê-lo todas as terças-feiras no mesmo vôo. Ele lhe trouxe o bombom de sempre e disse: “Me põe ao lado dela”. A senhora piscou-lhe de volta, agradeceu o bombom e disse: “tenha uma boa viagem, senhor”.</span></div></div>SVhttp://www.blogger.com/profile/10269089944328247319noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-16614950.post-43681417232874021942007-07-15T16:52:00.000-03:002007-10-02T14:30:12.022-03:00Olegária vem aí<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkxCeBX038VqqMNcp0eEPBrkHLGPBLRyHv14OgsWx56IpCvOfDPDH_ZSE5yjfHpznMcoXJLUbI-dqhu94VAkoOIRf4L7LdpUi0yY08QVbWfKiZWBEHmeO5bKAwv_gvu1UKz_3U/s1600-h/untitled+(seated+woman).jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5090854042542916578" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkxCeBX038VqqMNcp0eEPBrkHLGPBLRyHv14OgsWx56IpCvOfDPDH_ZSE5yjfHpznMcoXJLUbI-dqhu94VAkoOIRf4L7LdpUi0yY08QVbWfKiZWBEHmeO5bKAwv_gvu1UKz_3U/s320/untitled+(seated+woman).jpg" border="0" /></a><br /><br /><div align="center"><span style="font-family:verdana;color:#ff0000;"><strong>Em frente à televisão, ela assistia à novela. Olhos atentos, neurônios sintonizados, emoções vibrando pelo desenrolar da estória. Mas sua história pode ser muito mais interessante...</strong></span></div><div align="center"><br /><a href="http://olegariaquerfalar.blogspot.com/"><span style="font-family:verdana;font-size:130%;color:#333333;"><strong>OLEGÁRIA QUER FALAR</strong></span></a></div><div align="center"><span style="color:#333333;"><br /></span></div><div align="center"><span style="font-family:verdana;color:#333333;"><strong>Veja o lançamento no novo blog de Sílvio Vasconcellos (Contos & Encontros) e de Lu Cordeiro (Nas Esquinas da Farme), dia 25/07/2007.</strong></span></div><div align="center"><span style="font-family:verdana;color:#333333;"><strong></strong></span></div><div align="center"><span style="font-family:verdana;color:#ffffff;"><strong>Vá lá conferir!</strong></span></div>SVhttp://www.blogger.com/profile/10269089944328247319noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-16614950.post-49305586249048396472007-06-23T11:43:00.000-03:002007-06-25T08:42:50.053-03:00In-versa-mente<a href="http://i.thefairest.info/fairest_thumbs/4ZnfeI.jpeg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://i.thefairest.info/fairest_thumbs/4ZnfeI.jpeg" border="0" /></a><br /><div align="center"><a href="http://thefairest.info/top.html"><span style="font-family:arial;font-size:85%;">imagem daqui</span></a></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">De frente ao penhasco ela mira o sol que se apaga no mar. É a última pedra que a detém, um passo antes do fim. Volta-se para trás e neste ponto o escritor nota a personagem a observá-lo. Seus olhos vermelhos, chorosos, fundos e amargos, dirigem-se diretamente a ele. Por um instante o criador contempla a criatura e sua aflição. Ele não sabe mais quem determinará o passo seguinte: ela a olhá-lo, condena-lhe pelo passado que a deu. Ele tenta disfarçar perante a tela a imagem que lhe chama os olhos. Ele vê o passo que segue, mas não ousa escrevê-lo. Desvia os olhos dali e sente a culpa de um deus perante a alma perdida. Ela recua da pedra e vem em sua direção. Já não é mais ele que governa a cena. Ela se aproxima e por instantes fica desfocada, como se já não pertencesse à cena. Ele tenta parar sua digitação, mas ela o impulsiona a dedilhar cabisbaixo, de olhos presos às letras brancas em teclas negras a sua frente. Ela, ainda lacrimosa, abre um sorriso instigante e balbucia as duas palavras que apesar de separadas dizem tudo: “por quê?”. Ele sabe que ela está ali e mantêm-se de cabeça baixa. Já não é mais ele quem dirige o roteiro. A presença dela que lhe impulsiona. Por instantes quer matá-la, atirá-la no penhasco; seria capaz de inverter o pôr de sol e fazê-lo novamente subir, afinal era ele que escrevia e poderia fazer como bem quisesse. Mas, não. Agora era ela que jogava seus olhos sobre cada movimento que ele fazia. Não andaria de volta ao penhasco, não saltaria, não morreria. Entraria por entre as pontas dos dedos e se incorporaria no seu criador.<br />Agora ela está diante do teclado e olha adiante o penhasco vazio. Vê que o sol parou e o substitui por uma lua prateada que encrespa o mar. Pede a brisa de lá para balançar seus cabelos, que antes o escritor não foi capaz de descrever. Seus cachos dourados balançavam do vento que soprava da tela. No penhasco vazio surge um homem assustado que se vira pra trás e pede em súplica um leve impulso para jogá-lo ao mar que ela acaba de transformar numa nuvem suave que o ampara durante sua queda. Quando ele já não entende mais a singela paisagem trocada por ela, passa afundar nos flocos de algodão e morre devagar, sem saber onde está.</span></div>SVhttp://www.blogger.com/profile/10269089944328247319noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-16614950.post-13322936310817553452007-06-12T07:57:00.001-03:002007-06-12T08:23:03.452-03:00Isso já é outra história - 4<span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Desafiando a história escrita esse blog resolveu reescrevê-la.</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;color:#009900;">.</span><br /><div align="center"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;"><strong>Como esconder um camelo numa plantação de cevada</strong></span></div><strong><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;color:#339999;">.</span></strong><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Antes mesmo de derrubarem as torres gêmeas, Bin Laden já havia visitado a tríplice<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirB73iRWWMXqiP-01VuYxXkaJzPmk4v7Vlp2tPy7SBzBDPvFVoqxzLqPWEXCmLQIvMjrTAUCHw6gQbiXNsbpEqRxpZFEACSSZMNQ0dibZQokY-_vm6QifIxnZ9BKYeFmSoaYFg/s1600-h/zeca+pagodinho.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5075130403271466514" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 101px; CURSOR: hand; HEIGHT: 127px" height="117" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirB73iRWWMXqiP-01VuYxXkaJzPmk4v7Vlp2tPy7SBzBDPvFVoqxzLqPWEXCmLQIvMjrTAUCHw6gQbiXNsbpEqRxpZFEACSSZMNQ0dibZQokY-_vm6QifIxnZ9BKYeFmSoaYFg/s200/zeca+pagodinho.jpg" width="95" border="0" /></a> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8e5xovPhwcmmF2n-Whv1Sa-074uUYr6NOA84KyL3a6ilgMzqtscfoEX0p49T7B0gcuvy4AOPmpAT_sQzmF6DH_aPhaxY2NH71Z23iH8miCjEb4nT9HA3-6o-y-0LHnr-C6Vkh/s1600-h/bin+laden.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5075130334551989762" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8e5xovPhwcmmF2n-Whv1Sa-074uUYr6NOA84KyL3a6ilgMzqtscfoEX0p49T7B0gcuvy4AOPmpAT_sQzmF6DH_aPhaxY2NH71Z23iH8miCjEb4nT9HA3-6o-y-0LHnr-C6Vkh/s200/bin+laden.jpg" border="0" /></a>fronteira, na casa de seu tio, em Ciudad del Este. Quando Bush mandou invadir o Afeganistão e o Iraque, Bin Laden já estava no Brasil. Cortou a barba, tirou o turbante, aprendeu a cantar umas músicas típicas na esperança de se parecer com um brasileiro nato. O que ele não contava era com o empresário que o viu cantar num karaokê em Foz do Iguaçu. Ele ainda tentou disfarçar tomando cerveja, coisa que qualquer ortodoxo não faria, mas não adiantou. Quando lhe perguntaram o nome ele disse Isaac, agora já tentando parecer judeu. O caçador de talentos disse que Zeca soava melhor. Para manter o disfarce ele aceitou. Enquanto o filho de Golias o procura no deserto, ele se afoga na cerveja no país onde beber dá status e mata mais que qualquer guerra, mas... isso já é outra história.</strong></span></div>SVhttp://www.blogger.com/profile/10269089944328247319noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-16614950.post-48466032165063156782007-06-05T10:18:00.000-03:002007-06-05T13:50:38.022-03:00Isso já é outra história - 3<span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Desafiando a história escrita esse blog resolveu reescrevê-la.</span><br /><a href="http://tbn0.google.com/images?q=tbn:j9FP3GMbhbElpM:http://home.zcu.cz/~petrx/bean/1.jpg"></a><br /><br /><br /><div align="center"><span style="font-family:times new roman;font-size:180%;"><strong>Johnny French</strong></span></div><div align="center"><strong><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;color:#006600;">.</span></strong></div><div align="justify"><br /><span style="font-family:times new roman;"><strong>No começo era para ser uma seqüência do filme Johnny English que seria rodado na França, porém o<a href="http://tbn0.google.com/images?q=tbn:j9FP3GMbhbElpM:http://home.zcu.cz/~petrx/bean/1.jpg"><img style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 105px; CURSOR: hand; HEIGHT: 120px" height="108" alt="" src="http://tbn0.google.com/images?q=tbn:j9FP3GMbhbElpM:http://home.zcu.cz/~petrx/bean/1.jpg" border="0" /></a> <a href="http://tbn0.google.com/images?q=tbn:u2e2idEoUceOAM:http://horizons.typepad.fr/photos/uncategorized/sarkosy.jpg"><strong><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 109px; CURSOR: hand; HEIGHT: 124px" height="124" alt="" src="http://tbn0.google.com/images?q=tbn:u2e2idEoUceOAM:http://horizons.typepad.fr/photos/uncategorized/sarkosy.jpg" border="0" /></strong></a>ator Rowan Atkinson acabou sendo convidado a realizar um reality show, incorporando o personagem, que segundo o script, iria candidatar-se a presidente da república, sob o nome de Nicolas Sarkosy. Ainda não está definido em que país se passará o terceiro, episódio, mas... isso já é outra história.</strong></span><strong><br /></strong><br /><br /><br /><br /></div>SVhttp://www.blogger.com/profile/10269089944328247319noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-16614950.post-79817215397020457672007-05-30T09:44:00.000-03:002007-05-30T14:36:12.795-03:00Isso já é outra história - 2<a href="http://tbn0.google.com/images?q=tbn:g2tTSa9HudbFsM:http://mandatemedia.typepad.com/photos/uncategorized/sadbush.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 108px; CURSOR: hand; HEIGHT: 129px; TEXT-ALIGN: center" height="197" alt="" src="http://tbn0.google.com/images?q=tbn:g2tTSa9HudbFsM:http://mandatemedia.typepad.com/photos/uncategorized/sadbush.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Desafiando a história escrita esse blog resolveu reescrevê-la.</span> </div><div>.</div><div></div><div></div><div align="center"><span style="font-family:times new roman;"><span style="font-size:130%;"><strong><span style="font-size:180%;">Tal pai, tal filho</span></strong> </span></span></div><div align="center"> </div><div align="justify"><a href="http://tbn0.google.com/images?q=tbn:71VS3YlJuFqPmM:http://www.dropshots.com/photos/63223/20061112/142925.jpg"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;"><strong><img style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 88px; CURSOR: hand; HEIGHT: 135px" height="222" alt="" src="http://tbn0.google.com/images?q=tbn:71VS3YlJuFqPmM:http://www.dropshots.com/photos/63223/20061112/142925.jpg" border="0" /></strong></span></a><a href="http://tbn0.google.com/images?q=tbn:JlMb1OYqT5eXOM:http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/images/349MEM001B.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 101px; CURSOR: hand; HEIGHT: 138px" height="178" alt="" src="http://tbn0.google.com/images?q=tbn:JlMb1OYqT5eXOM:http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/images/349MEM001B.jpg" border="0" /></a><br /><span style="font-family:times new roman;"><strong>Todos sabem que o presidente americano é um </strong><a href="http://minicontos.blogspot.com/2007_03_01_archive.html"><strong>comediante</strong></a><strong> frustrado. O que ele não sabe é que traz em seus gens a comédia. Durante a lua-de-mel de seus pais, no Rio de Janeiro, sua mãe teve um affair com um comediante brasileiro e levou consigo o futuro senhor da guerra. Mas isso já é outra história...</strong></span></div>SVhttp://www.blogger.com/profile/10269089944328247319noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-16614950.post-60591466826189262822007-05-29T16:20:00.000-03:002007-05-29T16:35:56.746-03:00Vídeo & Verso<p align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;color:#ffffff;">Nasce um novo blog de poesia em movimento.</span></p><p align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;color:#ffffff;">Confira:</span></p><p align="center"><span style="font-family:verdana;font-size:180%;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh83WDrome7_lvOJVLiK6vnlA6uFix-GOpgCxCuReTTq_9np3vi1oNZqvsUbBWI7kLfhkJ2h0e3lU5UZIxQBLcRS7C0MkKrr0dYj_waevcSw-OayWA7H7MwT5WBZqdaIKrldPt_/s1600-h/videoeverso.JPG"><span style="color:#ffffff;"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5070064783393727794" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 232px; CURSOR: hand; HEIGHT: 174px" height="219" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh83WDrome7_lvOJVLiK6vnlA6uFix-GOpgCxCuReTTq_9np3vi1oNZqvsUbBWI7kLfhkJ2h0e3lU5UZIxQBLcRS7C0MkKrr0dYj_waevcSw-OayWA7H7MwT5WBZqdaIKrldPt_/s200/videoeverso.JPG" width="292" border="0" /></span></a><a href="http://videoeverso.blogspot.com"><span style="color:#ffffff;">Vídeo & Verso</span></a></span></p><p align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#ffffff;"><strong>Enfrentando a inquietante paralisia que ocupa o verso da poesia</strong></span></p>SVhttp://www.blogger.com/profile/10269089944328247319noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-16614950.post-31239605127544113032007-05-24T10:13:00.000-03:002007-05-24T10:23:20.622-03:00Isso já é outra história - 1<span style="font-family:trebuchet ms;">Desafiando a história escrita esse blog resolveu reescrevê-la.</span><br /><br /><div align="center"><br /><strong><span style="font-family:times new roman;font-size:180%;">Che Guevara não morreu</span> </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong><a href="http://tbn0.google.com/images?q=tbn:U46t4Z2RVRw14M:http://artfiles.art.com/images/-/Alberto-Korda/Che-Guevara-1960-Print-C10287697.jpeg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 96px; CURSOR: hand; HEIGHT: 145px" height="156" alt="" src="http://tbn0.google.com/images?q=tbn:U46t4Z2RVRw14M:http://artfiles.art.com/images/-/Alberto-Korda/Che-Guevara-1960-Print-C10287697.jpeg" border="0" /></a><a href="http://tbn0.google.com/images?q=tbn:3TrmLDUskoCfuM:http://static.flickr.com/99/289829686_ae4beb59e1_m.jpg"><img style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 94px; CURSOR: hand; HEIGHT: 137px" height="174" alt="" src="http://tbn0.google.com/images?q=tbn:3TrmLDUskoCfuM:http://static.flickr.com/99/289829686_ae4beb59e1_m.jpg" border="0" /></a><br /><span style="font-family:times new roman;"><strong>O argentino Che Guevara, acometido por uma diarréia, não pode ir para o interior da Bolívia e mandou um amigo cubano em seu lugar. Morto em emboscada, manchete no mundo todo, a foto do sósia foi vista pelo amigo Che, que repousava num hospital em La Paz sob codinome de Odair José. Após o primeiro choque, resolveu aproveitar a chance que a história lhe deu e fugiu para o Brasil, onde tornou-se cantor brega e fez sucesso com a música “Pare de tomar a pílula”.</strong> <strong>Mas isso já é outra história...</strong></span></div>SVhttp://www.blogger.com/profile/10269089944328247319noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-16614950.post-14319322967091186242007-05-14T17:53:00.000-03:002007-06-06T13:44:46.368-03:00Carolina quer falar<a href="http://photos2.flickr.com/1687417_50cfd0c937.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 322px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" height="408" alt="" src="http://photos2.flickr.com/1687417_50cfd0c937.jpg" border="0" /></a><br /><div></div><p align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><a href="http://learndaily.blogspot.com/2005_02_01_archive.html">imagem daqui</a></span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Oswaldo, és tu?</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Sim, Carolina, sou eu...</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Que saudades, Oswaldo...</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Não fales muito, descanses.</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Preciso falar, Oswaldo. Tenho tanto a te dizer.</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Mas tu precisas repousar.</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Oswaldo, sempre te amei.</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Carolina...</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Não fales nada, Oswaldo. Eu não queria ter te deixado...</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Mas...</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Naquela noite, ao final do baile, quando meu pai nos pegou...</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Carolina...</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Preciso falar, por favor. Naquela noite eu não devia ter aceitado que ele me mandasse para tão longe. Eu fui sofrendo, pensando em ti o tempo todo...</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Mas Carolina, querida...</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Nada mais na minha vida importou. Eu queria ter voltado, te abraçado, ter tido filhos contigo, viver minha vida toda ao teu lado...</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Carolina, tu voltaste... Nós casamos, tivemos filhos, netos, até dois bisnetos, que levam teu nome e o meu.</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Não pode ser...</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Assim foi.</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Não lembro de nada, só que te amava muito.</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Assim ainda é, querida. Nós vivemos juntos todos esses anos.</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- É?</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Sim, querida.</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- E o Duarte?</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Que Duarte?</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Do seu Timóteo, da padaria. Eu não casei com ele?</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Com o prefeito?</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Não sei, só lembro de estar com ele no depósito.</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Carolina?</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Noites e noites... Será que sonhei?</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Ele está ali na sala, esperando para te ver...<br /></span><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Ah, o Duarte...<br /></span><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Mas Carolina, e eu? E nosso amor?<br />- Nosso amor deve ter sido maravilhoso, querido, mas o Duarte... Ai, ai, com Duarte era uma coisa de carne, entende?... Oswaldo, onde eu estive?</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">-</span><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"> Faz anos que tu tens estado ausente, sem reconhecer ninguém. Pelo visto agora estás te lembrando mais do que na vida toda lembrou de mim!</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- E a Selma?</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Tua prima?</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Sim. Tenho saudades dela...</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Ela morreu há mais de trinta anos.</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- É? Que pena... Mas nós aproveitamos...</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Garanto que até ela sabia... Tua maior amiga... Meu Deus, Carolina... Eu era corno por tanto tempo?</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Dormíamos junto tantas vezes...<br />- O quê? Com a Selma?... Na infância, suponho...</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Que nada! A gente se beijava, experimentava tudo... Lembro e me arrepio até agora... Aquelas tardes na praia, os cursos que inventávamos... Ah, a viagem à Europa que tu nos deste...</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- O que? Carolina, tu não estás bem. Acho que eu também não estou muito bem. Preciso de ar... E tu descanses, Carolina, tu estás tendo alucinações. Deves estar cansada demais...</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Meu corpo pode estar se indo, mas de repente tudo está claro como se fosse um filme em tecnicolor...</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- De ficção, espero.</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Não, Oswaldo...</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Mas a gente viveu juntos tanto tempo e eu nunca pensei que...</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Oswaldo, querido. Todos temos nossos segredos. Tu mesmo...</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Eu o quê?</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Sim, eu te vi e sofri muito.</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Como assim?</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Com a Dulce.</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Tua irmã?<br />- Sim. E madrinha de nossa filha mais velha... Ah, e com a Dorotéia.</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- A empregada... Como tu sabias e nunca me falou nada. Por quê?</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Oswaldo, Oswaldo... Não me peças respostas agora. E teve mais...</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Me perdoe, me perdoe!</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Já te perdoei a tempo e da melhor forma possível.</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Carolina, tu não queres descansar?</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Lembras do Adolfo?</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Que Adolfo?</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- O Adolfinho.</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- O filho de minha irmã, meu afilhado?</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Sim.</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Não me diga que...</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Aham.</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Carolina??</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Ah, Oswaldo, nós fomos tão felizes...<br /></span><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">- Carolina, tu vais descansar agora, por bem ou por mal!</span></p>SVhttp://www.blogger.com/profile/10269089944328247319noreply@blogger.com3