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Meus olhos, antes vazios perante aquilo que chamam luz, abriram um espaço na minha mente, que preenchi daquilo que vejo: as sensações que tremulam além do óbvio.
Assim fui me construindo. Feito tijolos, meus gestos acumularam volumes diferentes, meus ouvidos vibraram onde ninguém mais percebia, minha língua distinguiu os temperos e meu olfato me guiou muito além do que os olhos podem enganar.
Tenho uma vida pela frente e o que vejo ninguém vê. Traço dos sons à distância e das sensações na pele percebo o que há depois. Por isso escrevo meu jeito de dizer o que vislumbro.
Assim fui me construindo. Feito tijolos, meus gestos acumularam volumes diferentes, meus ouvidos vibraram onde ninguém mais percebia, minha língua distinguiu os temperos e meu olfato me guiou muito além do que os olhos podem enganar.
Tenho uma vida pela frente e o que vejo ninguém vê. Traço dos sons à distância e das sensações na pele percebo o que há depois. Por isso escrevo meu jeito de dizer o que vislumbro.
Um comentário:
É perfeição pura!!!
Fico boquiaberto com as suas narrativas.
Como já lhe disse, parece-me a encarnação de um cearence baixinho de nome José.
Abraços literários
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