21 dezembro 2006

Amnésia virtual - 2

Achou aquilo muito estranho e quando ia buscar os Dvds com cópias de imagens de 2009 a 2011, viu o holograma seu irmão tremulando em má sintonia na sala, perguntando-lhe sobre fotos digitalizadas. Descobriu então que o problema era maior ao acessar a hipertela onde a notícia já circulava mundo a fora. Todas as imagens haviam sido dissolvidas devido ao baixo teor de ozônio da atmosfera coincidente com uma tempestade radioativa que se abatia do sol em direção aos planetas. Nada que afetasse fotos obtidas nos arcaicos filmes, mas que simplesmente reduziram a cinzas imagens digitais, impressas ou não. Daquelas registradas em papel, em jato de tinta ou laser, sem o uso do fixador, simplesmente descascaram ou desbotaram até virar um papel velho, enrugado e inútil. Nos álbuns eletrônicos, armazenados em nano arquivos, mesmo digitalizados em hipergigamegabites, o que se via era apenas a marca do fabricante desbotada e oscilante na tela.

3 comentários:

Moita disse...

Belo texto, como sempre.

Amigo, um feliz Natal pra você e todos os seus.

Abraços

Al Berto disse...

Viva Sílvio:

Nesta quadra quero desejar-te um:

              ♥
             ***
            *****
          *Feliz*
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     ****Natal*****
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Um abraço,

Alexandra disse...

Sílvio,

Feliz Natal!