04 dezembro 2006

Parapeito - IX

Imagem

nota sobre os estereogramas:
Estereogramas são imagens que ocultam um efeito de 3D. Para visualizá-las, clique na figura para abri-la em tamanho maior, depois aproxime-se à tela, procurando seu próprio reflexo. Permaneça assim por alguns instantes até que uma imagem tridimencional comece a se formar. Associei essas imagens à personagem, que busca outra dimensão de suas fantasias na sua incessante procura pelo desejo.


Nos primeiros minutos, ela apenas pensava em chorar, ao dar-se conta de que era impossível ser expectadora na vida. O movimento no motel continuava e sua preocupação, agora, não era procurar ver e, sim, não ser vista. Depois de algum tempo, percebeu que não haveria como não ser notada pela luneta que vinha lhe observando há algum tempo. Procurou-a atrás da luz do poste que lhe ofuscava as vistas, mas nada pôde fazer. Quando já estava cansada de suas conclusões filosóficas, levantou-se e tentou abrir a janela, sem sucesso. Voltou a sentar junto à parede de sua janela e ficou imaginando a si mesma vista da janela da luneta. Primeiro ligou o som e começou a dançar languidamente. Começou por mostar o ombro e foi deslizando o hobby rosa pelo braço, segurando na altura do peito para dar mais emoção ao momento. Virou-se de costas, balançou a cintura, desceu todo o seu traje, deixando as costas de fora, virando a cabeço para mostrar seu rosto de prazer. Depois soltou a faixa da cintura e ficou segurando seu hobby aberto na frente, que estava direto para a parede deixando-o suspendo pelas mãos que o retinham na altura do quadril. Naquelas alturas, já tinha um enorme poá de rosa vivo e cintilante no pescoço, que ao deixar cair seu traje, cobriu-lhe os seios e seu sexo. Girou então suavemente fazendo o poá balançar ao vento deixando seu corpo à mostra por breves instantes. A música foi terminando e ela viu-se sentada no mesmo lugar de hobby entreaberto, quando uma escada apontou na marquise.

2 comentários:

Anônimo disse...

Pois acabo de ficar em dia com a leitura, meu amigo! E imaginando cada cena, tão bem (d)escrita! Um beijo!

Anônimo disse...

Primeiro quero dizer que não consigo, de forma alguma, ver meu reflexo na imagem. Chego perto da imagem ampliada, fico tonta e, nada! Mas, tudo bem. Depois, a Marieta procura incessantemente o desejo, mas não faz nada para tê-lo realizado. Fantasiar é a sina dessa coitada. Até quando, Sílvio? Vc nos leva a um mundo instigante, e Marieta me causa muita aflição.
Vc poderia transformar isto em saga. A mulher, a filha, a neta. Todas Marieta. Tipo 100 anos de Solidão.
Sou metida, né não? rss...
Beijos, amigo.